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15 de set. de 2013

Conjunções

Conjunções


        É uma das classes de palavras que exercem a função de conectivo. 
São palavras invariáveis (não se flexionam) que unem ideias nos textos, contribuindo-lhe para a coerência e coesão. Existem vários tipos de conjunções, e cada uma delas transmite uma ideia diferente. 
Duas ou mais palavras que, juntas, exercem o papel de conjunção, são chamadas de locução conjuntiva: já que, se bem que, a fim de que...

Veja alguns simples exemplos de uso das conjunções.


“João NÃO SÓ jogou bola COMO TAMBÉM andou de patins. 
“Eu E você lutaremos juntos.”

     Note que as palavras destacadas unem as duas orações, de forma a ADICIONAR, SOMAR a segunda à primeira. Portanto, essa conjunção transmite a ideia de ADIÇÃO. Logo, trata-se de uma conjunção aditiva.


“João estudou MAS não passou de ano.”

     Observe que há um DESACORDO, uma CONTRARIEDADE entre as ideias ligadas palas palavras em destaque. Então, temos uma conjunção adversativa, que transmite a ideia de oposição. Também podemos usar ENTRETANTO, PORÉM, com o mesmo fim.


“João estudou, POR ISSO passou de ano.”
"João estudou, PORTANTO passou de ano.”
"João estudou, LOGO passou de ano.”

     Note que há uma ideia de CONCLUSÃO entre as orações. Trata-se de uma conjunção conclusiva

      Veja, abaixo, um quadro com mais conjunções:

Função sintática das Conjunções


         De acordo com os elementos que as conjunções relacionam, elas desempenham diferentes funções sintáticas. 
         Leia mais em: períodos simples e compostos

Conjunção coordenativa

Liga palavras ou orações de mesmo valor sintático. 

Observe a estrutura sintática destas orações:
 
Repare que as duas orações possuem todos os termos sintáticos necessários para que façam sentido. Elas são sintaticamente independentes, equivalentes. Assim, a palavra que as relaciona – E recebe o nome de conjunção coordenativa.

Conjunção subordinativa

Insere uma oração na outra, estabelecendo entre elas uma relação de dependência sintática.  
Observe como se relacionam estas orações:
Note que o verbo da 1a oração é transitivo direto, ou seja: necessita de um complemento – OD. Esse complemento é toda a 2a oração, que funciona como objeto direto do verbo pedir, que está na 1a oração. Assim, existe uma relação de subordinação, de dependência sintática entre as orações. A palavra que as relaciona – QUE recebe o nome de conjunção subordinativa.

A conjunções subordinativas dividem-se em dois grupos:


CONJUNÇÕES INTEGRANTES:

QUE e SE - introduzem orações que funcionam como um elemento sintático da oração principal (sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto)

Ex.: Espero que você se saia bem.   Diga-me se está tudo bem. (a segunda oração é objeto direto da primeira)

Partirei se você vier comigo. (a segunda oração é uma condição para que a primeira aconteça)


CONJUNÇÕES ADVERBIAIS:

Introduzem orações que funcionam como adjuntos adverbiais, ou seja, indicam uma circunstância relacionada à oração principal.


Vamos praticar!


     Vejamos alguns usos de conjunções adversativas no texto "A Filha", retirado do livro "Os estranhos seres humanos", de Samir Meserani.

      Observe que as palavras em destaque ligam duas ideias, deixando claro uma oposição um desacordo entre elas. Releia os três trechos abaixo e faça o que se pede:

“Chega uma fase, lá pelos doze anos em diante, em que a filha começa a deixar de ser criança, porém não chega a ser uma moça.”

“A pessoa mimada acaba fazendo tudo o que quer. Entretanto, a filha sabe que 'tudo tem seus limites', como diz o prórpio pai.”

“Não pode ficar quase uma hora no telefone falando com uma amiga que viu de manha na escola sobre coisas fúteis. Mas todo dia fica.”

1. Determine que ideias se opõem em cada trecho.

2. Reescreva cada trecho, substituindo as palavras em destaque, umas pelas outras.

3. Verifique se, nos três trechos, podemos substituir as palavras em destaque por PORQUE, sem alterar o sentido.

4. Reúna as duas ideias de cada dupla abaixo, usando PORÉM, ENTRETANTO ou MAS. Varie, não use sempre a mesma palavra.


a) A filha deve levar mala, cadernos, livros para seu quarto. Larga tudo na poltrona da sala.

b) A filha comete erros às vezes. Não suporta nenhuma crítica dos outros.

c) A filha fica horas conversando pelo telefone. Não gosta de atender, quando ele toca.

d) O filho resmunga sempre que tem de ir com a família a cmpromissos sociais. Acaba indo assim mesmo.

e) O filho precisa estudar. Fica horas vendo filmes na televisão.


5. Leia o trecho abaixo, retirado do texto "Era uma vez":

 Sentia-se como um peixe de volta ao mar. Mas, quando o sino anunciou o início das aulas, Lilico descobriu que caíra numa classe onde não havia nenhum de seus amigos”.


a) Por que a personagem Lilico disse que sentia-se “um peixe de volta ao mar”?

b) Que efeito de sentido o uso da palavra “
mas” (em negrito) provoca? Que outra palavra pode substituir o “mas” sem provocar prejuízo de sentido para o texto? 



Pesquise mais sobre estas e outras conjunções em outros sites: Brasil Escola, InfoEscola, Só Português, Português, "10 em Tudo"

 
Referência:
SOARES, Magda. Português: Uma proposta para o letramento - 6º ano. 1a ed. São Paulo: Moderna, 2002. p. 67-68
CEREJA, Willian Roberto. MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática Reflexiva – 8º ano. 3ª ed. São Paulo: Atual, 2012. p. 146, 147.


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