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22 de jul. de 2022

Literatura, Cultura e Identidade

     A cultura é, resumidamente, um conjunto de elementos (visões de mundo, comportamentos, hábitos, crenças, manifestações artísticas, etc.), de uma comunidade, povo, país ou civilização. 

    Portanto, não só por ser uma manifestação artística produzida em um determinado meio social, mas porque também atua no sistema cultural desse meio, a Literatura é um elemento que integra a cultura

   A literatura é ainda uma forma de identidade, pois ela tende a exprimir, de modos variados, o seu povo. 

   E isso, por vezes, é um objetivo claro na produção literária, como no caso dos escritores brasileiros do Romantismo, os quais buscavam construir a identidade nacional do país por meio de suas obras. 

   Note-se que a literatura exprime a identidade tanto de nações quanto, num plano mais particular, de variadas categorias sociais.


ATIVIDADES 

  • ObjetivosPela análise do quadro “Cena de família de Adolfo Augusto Pinto”, observar prováveis mudanças na representação da mulher e, consequentemente, na organização da família;   Pela exploração linguística de um editorial da primeira metade do século XIX, discutir em que medida o papel social da mulher se modificou.
  • Habilidades: Reconhecer a linguagem como elemento constituidor e constituído da cultura. Identificar as relações entre língua e identidade.
  •  Descritores: D1 – Localizar informações explícitas em um texto; D4 – Inferir uma informação implícita em um texto; D7 – Identificar a tese de um texto; D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la; D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros; D10 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.  


I. Observe atentamente o quadro a seguir.
JÚNIOR, Almeida. Cena de família de Adolfo Augusto Pinto. Óleo sobre a tela, 106x1,37m, 1891. 
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Ficheiro:Almeida_J%C3%BAnior_-_Cea_de_Fam%C3%ADlia_de_Adolfo_Augusto_Pinto,_1891.JPG 


1. Relacione o título da obra aos elementos não-verbais que a compõem, para identificar o espaço (onde?) e as personagens (quem?) representadas. 

2. Quais elementos nos permitiriam identificar as personagens como representantes de uma época diferente da nossa. Quais traços culturais seriam diferentes dos atuais?

3. A partir da comparação entre as atividades do homem e da mulher, reflita sobre as diferenças entre essas atividades: ler é uma atividade típica de quem tem cultura? O hábito de ler é mais importante ou mais culto do que o hábito de bordar e cuidar da casa? 

    II. Analise este editorial do século XIX, que discute o papel da mulher na sociedade, e, em seguida, responda às questões que se seguem.

O destino das mulheres, pelo contrario, he differente do dos homens, quer na Ordem Social, quer na da natureza. Se qual for sua pozição, e o lugar, que tenhão de occupar um dia, a sua condicção na Sociedade não he a de comparecer em publico, exercer empregos, prehencher cargos, tomar assento nas Assembleas, marchar contra o inimigo, cultivar as Artes mecanicas, exercitar trabalhos exteriores: mas o viver na familia, o cuidar do arranjo domestico, por que ahihe que as mulheres se fazem estimaveis. Sendo pois a sua educação de deveres a cumprir no interior, deve a sua instrucção conformar-se toda á este fim; e portanto a instrucção recebida na casa paterna he a que mais lhes convem; pois que tem a vantagem de formal-as logo da infância ás minuciosas circunstancias da economia domestica, e de lhes imprimir o espirito de modestia, de paciencia, de ordem, e a doçura de caracter, principios fecundos de todas as suas boas qualidades, bem como de sua felicidade. 
(Texto extraído de um editorial publicado no Jornal da Sociedade de Agricultura, Comércio e Indústria da Província da Bahia, em 1833. In.: LEITE, Yonne& CALLOU, Dinah M. I. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.)

4. Qual a ideia principal defendida no texto? 

5. Que ideias o autor utilizou para justificar sua opinião? 

6. Em se tratando da imagem da mulher, quais mudanças podemos destacar?

    III. Caiu no ENEM 

(ENEM 2009.1) 

Som de preto

O nosso som não tem idade, não tem raça

E não tem cor.

Mas a sociedade pra gente não dá valor.

Só querem nos criticar, pensam que somos animais.

Se existia o lado ruim, hoje não existe mais,

porque o ‘funkeiro’ de hoje em dia caiu na real.

Essa história de ‘porrada’, isto é coisa banal

Agora pare e pense, se liga na ‘responsa’: se

ontem foi a tempestade, hoje vira a bonança.

É som de preto

De favelado

Mas quando toca ninguém fica parado

(Música de Mc’s Amilcka e Chocolate. In: Dj Marlboro. Bem funk .Rio de Janeiro, 2001)

7. À medida que vem ganhando espaço na mídia, o funk carioca vem abandonando seu caráter local, associado às favelas e à criminalidade da cidade do Rio de Janeiro, tornando-se uma espécie de símbolo da marginalização das manifestações culturais das periferias em todo o Brasil. O verso que explicita essa marginalização é:


A) “O nosso som não tem idade, não tem raça”.

B) “Mas a sociedade pra gente não dá valor”.

C) “Se existia o lado ruim, hoje não existe mais”.

D) “Agora pare e pense, se liga na ‘reponsa’”.

E) “se ontem foi a tempestade, hoje vira a bonança”.



ENEM 2009.1

Quer evitar pesadelos? Então não durma de barriga para cima. Este é o conselho de quem garante ter sido atacado pela Pisadeira. A meliante costuma agir em São Paulo e Minas Gerais. Suas vítimas preferidas são aquelas que comeram demais antes de dormir. Desce do telhado seu esconderijo usual - e pisa com muita força no peito e na barriga do incauto adormecido, provocando os pesadelos. Há controvérsias sobre sua aparência. De acordo com alguns, é uma mulher bem gorda. Já o escritor Cornélio Pires forneceu a seguinte descrição da malfeitora: "Essa é ua muié muito magra, que tem os dedos cumprido e seco cum cada unhão! Tem as perna curta, cabelo desgadeiado, quexo revirado pra riba e nari magro munto arcado; sobranceia cerrado e zoio aceso..." Pelo sim, pelo não, caro amigo... barriga para baixo e bons sonhos. 

(Almanaque de Cultura Popular. Ano 10, out. 2008. no 114)



8. Considerando que as variedades linguísticas existentes no Brasil constituem patrimônio cultural, a descrição da personagem lendária, Pisadeira, nas palavras do escritor Cornélio Pires,

A) mostra hábitos linguísticos atribuídos à personagem lendária.
B) ironiza vocabulário usado no registro escrito de descrição de personagens.
C) associa a aparência desagradável da personagem ao desprestígio da cultura brasileira.
D) sugere crítica ao tema da superstição como integrante da cultura de comunidades interioranas.
E) valoriza a memória e as identidades nacionais pelo registro escrito de variedades linguísticas pouco prestigiadas.

(ENEM 2009.2)

Cuitelinho

Cheguei na bera do porto

Onde as onda se espaia.

As garça dá meia volta,

Senta na bera da praia.

E o cuitelinho não gosta

Que o botão da rosa caia.

Quando eu vim da minha terra,

Despedi da parentaia.

Eu entrei em Mato Grosso,

Dei em terras paraguaia.

Lá tinha revolução,

Enfrentei fortes bataia.

A tua saudade corta

Como o aço de navaia.

O coração fica aflito,

Bate uma e outra faia.

E os oio se enche d ́água

Que até a vista se atrapaia.


(Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004)

9. Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar, além de registrar um momento histórico.

Depreende-se disso que a importância em preservar a produção cultural de uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cuitelinho evidenciam a:

A) recriação da realidade brasileira de forma ficcional.

B) criação neológica na língua portuguesa. 

C) formação da identidade nacional por meio da tradição oral.

D) incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do Brasil.

E) padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem o mesmo significado.




O dia seguinte

Quando amanheceu, Xiju, como nunca deixa de cumprir seu ritual de todos os dias, foi se banhar na cachoeira de sempre. No caminho da estrada, quando estava indo, havia muitas aves cantando, pareciam felizes. Aliás, Xiju também estava com um sorriso muito alegre e ia assobiando. Quando chegou, foi brincalhão e sério ao mesmo tempo. Cumprimentou a água e pediu licença porque iria nadar mais uma vez. Entrou e ficou mais tempo do que de costume. Até que resolveu voltar. Ao chegar, foi logo comendo um mbojape, isto é, na cinza quente. 

De repente, Xiju falou, enquanto comia, que iria caçar hoje alguma coisa para comer. Assim, calçou uma bota de borracha. Muitos na aldeia gostam de andar descalços, mas para ir para o meio da mata é bom calçar uma bota ou algum outro tipo de calçado, porque andar no mato descalço é perigoso, principalmente, se pisar em cima de mboi, insetos perigosos ou espinhos, e esse tipo de calçados é importante para os jurua kuery, assim como para os Guarani e tantas outras etnias.

Assim como os Guarani se adaptaram em muitas coisas dos jurua kuery, os jurua kuery se adaptaram a muitas coisas dos Guarani e de outras etnias, como tomar chimarrão, tomar banho, comer mandioca, comer milho, comer tapioca, dormir em redes e posso dizer que nem por isso eles foram chamados de aculturados ou de índios. Assim também são os índios, que se acostumam com certas coisas, mas nem por isso eles serão juruá ou deixarão de ser índios. 

Também não esqueceu de levar o petingua e um pedaço de fumo. Na ida, já foi dando uma pitada. É como uma proteção e uma forma de pedir licença para entrar na mata. 

Xiju andou bastante, viu vários tipos de animais, mas não caçou, pois o que ele queria mesmo era um ta’ytetu. As horas foram passando, até que de repente encontrou vários deles andando. Esperou que eles passassem, até que passou o último, deu um tiro e matou-o em cheio. Era uma espingarda velha, mas que ainda era de bom uso. (Aqui vocês estão vendo que Xiju caçou com uma espingarda, pois o arco e a flecha não são usados mais por aqui. Continuamos a fazê-los para vender para os turistas, mas existem nações que ainda usam o arco e a flecha para essa utilidade.)

Então Xiju pegou sua caça e voltou para sua casa. Sua mulher foi logo prepará-lo. Depois de limpo, fez uma fogueira, não dentro da casa, mas ao lado e debaixo de uma árvore imensa que se chama kovatingui, cujo nome em português eu não sei.

Enquanto Poty assava a carne, o Pajé pitava em seu petingua, apenas de short, sem camisa, descalço e sentado no chão debaixo de outra árvore, para seu corpo refrescar.

De repente o cacique Tupã chegou e cumprimentou-o. Os dois são irmãos. Ficaram proseando um pouco, ao mesmo tempo em que comiam a carne com farinha de mandioca feita pela própria Poty, uma das coisas que ela mais gosta de fazer e ao lado da casa havia uma plantação de mandioca que todo ano, sempre em agosto, é replantada.

Mais tarde, depois de comer e conversar, o cacique foi para sua casa, que fica ao lado da opy.

Jekupé, Olívio. Conversa de fim de tarde. In: C intra , Leda Rita (org.). Escritos indígenas: uma antologia. São Paulo: Cintra, 2017. E-book


jurua kuery: não indígena 

mboi: cobra

mbojape: bolo de milho fresco

petingua: cachimbo

ta’ytetu: porco-do-mato

opy: casa de reza, sagrada


10. Releia:

Quando chegou, foi brincalhão e sério ao mesmo tempo. Cumprimentou a água e pediu licença porque iria nadar mais uma vez.

Nos enunciados abaixo, atribua F para FALSO e V para VERDADEIRO, nos enunciados abaixo, a respeito dessa afirmação.  

(   )  Ao caracterizar Xiju com os adjetivosbrincalhão” e “sério”, entende-se que, ao ser brincalhão, Xiju estava demonstrando sua alegria por estar na presença da cachoeira. E foi sério em sinal de respeito. Logo, as duas posturas (ser brincalhão e sério) não se contradizem.

(   ) Há contradição no comportamento da personagem, ao usar  os adjetivos “brincalhão” e “sério”,  pois não se pode ser brincalhão e sério ao mesmo tempo, ainda que se esteja demonstrando sua alegria por estar na presença da natureza. 

(   ) “Cumprimentou a água e pediu licença porque iria nadar mais uma vez” demonstra uma atitude de respeito com relação à natureza, o que é característico na cultura indígena. 

(   ) “Quando” indica uma circunstância de tempo à forma verbal “chegou”.


11. O intercâmbio cultural entre as tradições oral e escrita é marcado no texto, entre outras formas, pela oscilação do foco narrativo. Marque a alternativa correta a respeito dessa afirmação. 

  1. (    ) No trecho “Quando amanheceu, Xiju, como nunca deixa de cumprir seu ritual de todos os dias, foi se banhar na cachoeira de sempre”, o narrador se coloca fora dos eventos da narrativa, enunciando-se em 1a pessoa.

  2. (    ) No trecho “Continuamos a fazê-los para vender para os turistas, mas existem nações que ainda usam o arco e a flecha para essa utilidade”, o narrador se coloca dentro dos eventos da narrativa, enunciando-se na 3a pessoa. 

  3. (    ) A oscilação (alternância) de foco narrativo pode ser compreendida como um sinal da intersecção entre esses dois mundos porque, ao se colocar fora da narrativa (3ª pessoa), o narrador assume o ponto de vista daquele que observa a cultura do indígena e escreve sobre ela; por outro lado, ao se colocar dentro da narrativa (1ª pessoa), o narrador coloca-se como membro daquela cultura, enraizada na ideia de coletividade própria da tradição oral.

  4. (    ) Não há oscilação no foco narrativo, pois o narrador conta os fatos sempre em 3a pessoa, sem fazer parte dos acontecimentos. 


Leia o texto abaixo, para responder às duas questões que se seguem. 

As mulheres saíram, deixou-me em paz por hoje. Elas já deram o espetáculo. A minha porta atualmente é o teatro. Todas crianças jogam pedras, mas os meus filhos são os bodes expiatórios. Elas alude que eu não sou casada. Mas eu sou mais feliz do que elas. Elas tem marido. Mas, são obrigadas a pedir esmolas. São sustentadas por associações de caridade. 

Os meus filhos não são sustentados com o pão de igreja. Eu enfrento qualquer especie de trabalho para mantê-los. E elas, tem que mendigar e ainda apanhar. Parece tambor. A noite enquanto elas pede socorro eu tranquilamente no meu barracão ouço valsas vienenses. Enquanto os esposos quebra as tábuas do barracão eu e meus filhos dormimos socegados. Não invejo as mulheres casadas da favela que levam vida de escravas indianas. 

(JESUS, C. M. de. Quarto de despejo. S.P.: Ática, 1999, p. 17. - ADAPTADO)

12. Esse texto do diário de Carolina Maria de Jesus, catadora de papel semi alfabetizada, apresenta traços próprios da condição feminina, expressa na literatura contemporânea. A característica que expressa essa condição é: 

  1. (   ) demonstração de independência e disposição em assumir encargos.

  2. (   ) descaso em relação à forma literária de expressão. 

  3. (   ) exposição de conflitos da mulher com valores tradicionais. 

  4. (   ) manifestação de ceticismo em relação à vida conjugal.


13. Ainda sobre o texto do diário de Carolina Maria de Jesus, observamos que a narração é feita em:  

  1. (  ) primeira pessoa (eu), pois o narrador é também personagem e conta a própria história: As mulheres saíram, deixou-me em paz por hoje. (...) A minha porta atualmente é theatro.”  

  2. (   ) primeira pessoa (eu), pois o narrador conta a história de outra pessoa: “Elas já deram o espetáculo. (...) Todas crianças jogam pedras, mas os meus filhos são os bodes expiatórios. Elas alude que eu não sou casada. (...) Elas tem marido.” 

  3. (   ) O texto foi escrito em terceira pessoa (ele/ela[s]), pois o narrador não é personagem conta a história de outra pessoa: “Os meus filhos não são sustentados com o pão de igreja. Eu enfrento qualquer espécie de trabalho para mantê-los. 

  4. (   ) O texto foi escrito em terceira pessoa (ele/ela[s]), pois o narrador conta a história de outra pessoa: “Não invejo as mulheres casadas da favela que levam vida de escravas indianas.” 



GABARITO: 

1. Ao destacarem, por exemplo, os quadros nas paredes, as fotografias, o tipo de mobília e a própria postura tranquila das personagens (como indicam as setas em vermelho), os alunos provavelmente concluirão que o quadro ilustra uma residência em que habitam um pai, sua mulher e seus filhos.

2. Os alunos devem ser conduzidos a relacionar as figuras à data da obra, identificada na referência. A ideia é que os alunos consigam ver no texto as marcas do contexto histórico da pintura, como as vestimentas das pessoas retratadas, a decoração da casa, a composição familiar tradicional e, principalmente, a divisão de tarefas entre gêneros (como indica a linha pontilhada): de um lado, o homem exercendo tarefas intelectuais (leitura e música); de outro, e a mulher mergulhada em tarefas domésticas, bordando e cuidando dos filhos. 
Dessa maneira, esta atividade pode contribuir não só para a construção do conceito de “cultura”, como também para a diferenciação entre os chamados “tipos” de cultura, que, em seguida, serão sistematizados. 

3. Respostas pessoais. Por meio desses questionamentos, a análise do quadro pode ser um bom ponto de partida para se começar a desfazer a pseudo-sinonímia entre erudição e cultura.

4. “O destino das mulheres, pelo contrário, diferente do dos homens, quer na Ordem Social, quer na da natureza.” - primeiro parágrafo. 

5. O autor argumenta que toda a educação feminina deve estar voltada para o lar, para o cuidado da casa e da família, pois “ahihe que as mulheres se fazem estimáveis”

6. Hoje, por mais que algumas mulheres se responsabilizem pelo cuidado da casa, elas, em sua maioria, não mais se limitam ao espaço doméstico e ocupam espaços cada vez mais diversificados na sociedade. 

7.    8. E      9. C    10. V, F, V, V     11. C    12. C    13.


   



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