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25 de abr. de 2014

Narrativa mítica

MITOS

São narrativas criadas pelas sociedades antigas para explicar o mundo, a origem e o destino da humanidade, a vida, a morte, os sentimentos e comportamentos humanos, fenômenos da da natureza.  

Enfim, são uma forma que a humanidade encontrou para explicar o que a ciência não consegue.   

     Também eram exemplos de vida para as pessoas. Além disso, serviam de fundamento para as crenças e rituais religiosos e até para a conduta social nas culturas antigas.

     Se originaram na tradição oral: eram contados de geração em geração, o que garantiu que, mesmo depois de muito tempo de criados, fossem registrados por escrito.


Eles são classificados em: 

  • mitos cosmogônicos -  relacionados a eventos que explicam o surgimento do Universo 
  • mitos de origem - explicam o surgimento de um local ou de uma tradição.

A narrativa mítica possui todos os elementos de uma narrativa qualquer (leia mais em Elementos da narrativa), entretanto, como todo gênero textual, eles adquirem características próprias para servir ao seu propósito: representar o mítico. 

Veja, a seguir, os elementos da narrativa mítica: 


Espaço mítico

O espaço narrativo marca o lugar onde os fatos se desenvolvem e cumpre diferentes funções no texto, de acordo com o gênero. Em geral, as histórias míticas acontecem em um lugar sagrado, caracterizado por se opor ao habitado pelos humanos.


Tempo mítico


   O tempo narrativo marca o momento em que os fatos acontecem, ou a duração deles. Assim como o espaço narrativo, cumpre diferentes funções, de acordo com a intencionalidade do texto

Na narrativa mítica, o tempo remete às origens, expressando um passado distante, pois as histórias se passam na época da criação daquilo que o mito quer explicar. Os fatos narrados são separados por grandes intervalos de tempo (anos, décadas, séculos...).


Personagens míticas

São consideradas exemplo sublimes de superação e perfeição moral. São deuses e semideuses, heróis, criaturas mitológicas...


Linguagem nos mitos

É formal e culta. Os gregos acreditavam que, para assuntos sérios e personagens sublimes, deveriam usar uma linguagem elevada. A linguagem informal era própria da comédia que, em geral, se ocupava de assuntos banais e tinha como personagens representantes do povo.


Leia mais em Elementos da narrativa 

Leia, a seguir, alguns exemplos de mitos que tentam explicar a origem da vida na Terra.  


O mito da Deusa mãe

Culto à Deusa mãe

         
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=ZQJw3gkMzynS-M&tbnid=ZrdTTF0LM3FagM:&ved=0CAQQjB0&url=http%3A%2F%2Ffilhosdegaia.wordpress.com%2F2013%2F04%2F22%2Fgaia-mae-terra%2F&ei=VGdaU8vxA4TJ8AH3vIDgAg&bvm=bv.65397613,d.b2U&psig=AFQjCNEu-iaNNoyW8riTT0HkKakHtpkCIA&ust=1398519990197045
Gaia, a Mãe Terra
Deusa mãe é aquela que, por vezes associada à Mãe Terra, é representada como uma deusa geradora da vida, da natureza, águas, fertilidade e cultura; geralmente sendo a generosa personificação da Terra. 


Gaia
            Conhecidas como qadesh (sagrado) na maioria das civilizações pagãs, as deusas são criadoras do Universo, geram a vida, a cultura, a agricultura, a linguagem e a escrita, resultando numa complexa estrutura teológica, tais como: a Deusa hindu Sarasvati, honrada como inventora do alfabeto original; a Deusa celta da Irlanda, Brígida, honrada como deusa da linguagem; Deusa Nidaba da Suméria (civilização tradicionalmente definida como berço da cultura da escrita), como aquela que inicialmente inventou a escrita cuneiforme e a arte da escrita (a escriba oficial da Suméria também era uma mulher: Enheduana).

Vênus da Pré-história
     O termo refere-se a uma religião pagã universal de divindade feminina e seu culto remonta ao início da história humana, como pode ser observado nas retratações de Vênus da Pré-história. O culto à Deusa Mãe foi observado inicialmente na Pré-história (Paleolítico e Neolítico). Foram encontradas estatuetas de culto, estendendo-se ao Reino da Frígia, que ficou mais conhecida como Cibele, e daí às civilizações grega, romana, egípcia e babilônia nas quais consolidou-se um enorme panteão de deusas.

     Cibele, ou Gaia, é uma das manifestações da Deusa mãe, Magna Mater, ou Mae Terra. De sua união com Urano, nasceram os titãs, os ciclopes e os monstros.

 

  A mãe dos deuses


Réia, a Mãe dos Deuses, é relacionada à fertilidade.
    Um dos doze titãs filhos de Urano e de Gaia, foi Reia (anteriormente Réia).  
     Irmã e esposa de Cronos, gerou Hera, Deméter, Héstia, Hades e Posidão. O mais novo foi Zeus.
     Por ser mãe de todos deuses do Olimpo, é Réia conhecida como Mãe dos Deuses e é relacionada com a fertilidade.
    





        

Réia Mãe dos Deuses
Certa vez, um oráculo de Urano, profetizara que Cronos, então Rei do Olimpo, seria destronado por um dos filhos. Então, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Reia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, a Mãe dos Deuses escondeu-o numa caverna no Monte Ida, em Creta aos cuidados dos assistentes curetes (posteriormente sacerdotes) e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Ele a engoliu, pensando ser o caçula.
     Há diversas versões sobre quem cuidou de Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamanteia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amalteia).



busto de Zeus, filho de Reia e Cronos

A Deusa e o Rei do Olimpo


     Já adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia

      Durante cem anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os três Ciclopes e os três Hecatônquiros. 

     Em fim, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.



Representação de Reia, sobre uma biga puxada por leões
    


               Com a ascensão do filho ao status de rei dos deuses, Reia contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.
Por fim, ela cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma deusa Olímpica. Na Ásia Menor, ela era conhecida como uma deusa terrestre, sendo venerada com ritos orgíacos. O nome significa "fluxo" (aparentemente em referência à menstruação feminina) e "reconforto", talvez em referência aos partos fáceis.


FONTES e referências:

  • COSTA, Cibele Lopresti. LOUSADA, Eliane Gouvêa. MARCHETTI, Greta. SOARES, Jairo J. Batista. PRADO, Manuela. Pra Viver Juntos – Língua Portuguesa, 7º ano3ª ed. São Paulo: SM, 2012. p. 50-53
  • https://brasilescola.uol.com.br/mitologia
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Reia
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Deusa_m%C3%A3e
  • DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO ILUSTRADO LAROUSSE. São Paulo: Larousse, 2007.

14 comentários:

  1. Esse texto é muito bem escrito e informativo e legal, continue escrevendo assim, e não ligue para o que as pessoas dizerem de ruim sobre esse site, ele é muito bom.

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  2. Foi muito boa essa historia gostei

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    1. Obrigada!
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  3. Foi muito boa gostei muito

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    1. Eu gostei muitooo desse texto

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  4. Respostas
    1. Obrigada!
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  5. não entendi direiro sobre o tempo narrativo

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    1. O "TEMPO" da narrativa, indica quando a história se passa, quando ela acontece. No caso da narrativa mítica, as histórias se passam muito antigamente, na época da criação dos elementos que o mito quer explicar.

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