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7 de ago. de 2022

Contexto de produção e de recepção da obra literária

   Vários fatores influenciam na criação do texto literário: a visão de mundo do autor, o momento histórico e os valores (políticos, econômicos, culturais etc.) vigentes na sociedade em que a obra é produzida...

    Tais fatores atuam também na recepção  dessa obra pelo leitor e na construção de seu sentido. Vejamos:

   O AUTOR, ao trabalhar na criação do texto literário, expressa determinadas visões de mundo, deixando impressões de sua personalidade, do lugar de onde vem, das suas experiências em geral e dos seus objetivos. Tudo isso, dentro de um determinado contexto histórico e social, ou seja: do tempo, lugar e sociedade em que vive. 

     Há também, nesse contexto de produção, um certo anseio de atender às expectativas do provável público leitor de sua obra. 

    Já o LEITOR vai interpretar essa mesma produção, de acordo com sua experiência de vida, seu conhecimento de mundo, a sociedade e época em que vive, no momento em que lê a obra. 
 


ATIVIDADES de interpretação e de morfossintaxe


D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão; 
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto;  
D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros;  
D10 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto; 
D12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.;  
D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

 ENEM 2009.1

Ó meio-dia confuso,

ó vinte-e-um de abril sinistro,

que intrigas de ouro e de sonho

houve em tua formação?

Quem ordena, julga e pune?

Quem é culpado e inocente?

Na mesma cova do tempo

cai o castigo e o perdão.

Morre a tinta das sentenças

e o sangue dos enforcados...

— liras, espadas e cruzes

pura cinza agora são.

Na mesma cova, as palavras,

o secreto pensamento,

as coroas e os machados,

mentira e verdade estão.

[...]

(MEIRELES, C. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Aguilar, 1972 - fragmento)

1. O poema de Cecília Meireles tem como ponto de partida um fato da história nacional, a Inconfidência Mineira. Nesse poema, a relação entre texto literário e contexto histórico indica que a produção literária é sempre uma recriação da realidade, mesmo quando faz referência a um fato histórico determinado. No poema de Cecília Meireles, a recriação se concretiza por meio:

A) do questionamento da ocorrência do próprio fato, que, recriado, passa a existir como forma poética desassociada da história nacional.

B) da descrição idealizada e fantasiosa do fato histórico, transformado em batalha épica que exalta a força dos ideais dos Inconfidentes.

C) da recusa da autora de inserir nos versos o desfecho histórico do movimento da Inconfidência: a derrota, a prisão e a morte dos Inconfidentes.

D) do distanciamento entre o tempo da escrita e o da Inconfidência, que, questionada poeticamente, alcança sua dimensão histórica mais profunda.

E) do caráter trágico, que, mesmo sem corresponder à realidade, foi atribuído ao fato histórico pela autora, a fim de exaltar o heroísmo dos Inconfidentes.


ENEM 2009.2 

Se os tubarões fossem homens 

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos? 

Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. 

Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.

(BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 - adaptado)

2. Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamente no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio da hipótese apresentada, o autor:

A) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão existentes na sociedade.

B) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo homem ocidental.

C) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade moderna.

D) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos.

E) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de modo a guiá-los na realização de tarefas.


Observe as formas verbais em destaque. Como elas se classificam, quanto sua predicação: são de ligação, ou verbos significativos? Justifique com elementos do texto. 

ENEM 2009.3

Seca d’água

É triste para o Nordeste

o que a natureza fez

mandou 5 anos de seca

uma chuva em cada mês

e agora, em 85

mandou tudo de vez.


A sorte do nordestino

é mesmo de fazer dó

seca sem chuva é ruim

mas seca d’água é pior.


Quando chove brandamente

depressa nasce o capim

dá milho, arroz, feijão

mandioca e amendoim

mas como em 85

até o sapo achou ruim.

[...]

Meus senhores governantes

da nossa grande nação

o flagelo das enchentes

é de cortar o coração

muitas famílias vivendo

sem lar, sem roupa e sem pão.

(ASSARÉ, Patativa do. Digo e não peço segredo. São Paulo: Escritura, 2001, p. 117-118)

3. Esse é um fragmento do poema Seca d’água, do poeta popular Patativa do Assaré. Nesse fragmento, a relação entre o texto poético e o contexto social se verifica:

A) de modo explícito, mediada por oposições, como a apresentada no título.

B) de forma direta e simples, que dispensa o uso de recursos literários, como rimas e figurações.

C) de maneira idealizada, deturpando a realidade pela sua formulação amena e cômica.

D) na preocupação maior com a beleza da forma poética que com a representação da realidade do Nordeste.

E) por meio de metáforas complexas, ao gosto da tradição poética popular.



4. Releia os versos: “Quando chove brandamente / depressa nasce o capim”. Responda: 
  1. Quem é o sujeito de cada verso? Como ele se classifica?

  2. Como se classificam os verbos desses versos, quanto à transitividade? 

  3. Qual é a classe gramatical das palavras em destaque? Que função elas exercem? 

 
ENEM 2010.1

Texto I

Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas.

(RIO, J. A rua. In: A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 - fragmento)


Texto II

A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como se sentia estar no seu reino, na região em que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens e o de inveja das mulheres acabavam o sentimento de sua personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou cumprimento com as raparigas pobres de uma casa de cômodos da vizinhança. [...] E debaixo dos olhares maravilhados das pobres raparigas, ela continuou o seu caminho, arrepanhando a saia, satisfeita que nem uma duquesa atravessando os seus domínios.

(BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de Janeiro: Editora Mérito)

5. A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e romances do final do século XIX e início do XX, muitos dos quais elegem a rua para explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista, respectivamente, como lugar que:

A) desperta sensações contraditórias e desejo de reconhecimento.

B) favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos dotes físicos.

C) possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros casuais.

D) propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal. 

E) promove o anonimato e a segregação social.


ENEM 2013.2

Pesquisa da Faculdade de Educação da USP mostrou que quase metade dos alunos que ingressam nos cursos de licenciatura em Física e Matemática da universidade não estão dispostos a tornar-se professores. O detalhe inquietante é que licenciaturas foram criadas exatamente para formar docentes. 

A dificuldade é que, se os estudantes não querem virar professores, fica difícil conseguir bons profissionais.

Resolver essa encrenca é o desafio. Salários são por certo uma parte importante do problema, mas outros elementos, como estabilidade na carreira e prestígio social, também influem.

(SCHWARTSMAN, H. Folha de S. Paulo, 13 out. 12)


6. Identificar o gênero do texto é um passo importante na caminhada interpretativa do leitor. Para isso, é preciso observar elementos ligados à sua produção e recepção. Reconhece-se que esse texto pertence ao gênero artigo de opinião devido ao(à):

A) função do gênero: refletir sobre a falta de professores.

B) tema tratado: o problema da escassez de professores.

C) lugar atribuído ao leitor: interessados no magistério.

D) linguagem empregada pelo autor: formal e denotativa.

E) suporte do texto: um jornal de grande circulação.


ENEM 2013.2 

Um gramático contra a gramática

O gramático Celso Pedro Luft era formado em Letras Clássicas e Vernácula pela PUCRS e fez curso de especialização em Portugal. Foi professor na UFRGS e na Faculdade Porto-

Alegrense de Ciências e Letras. Suas obras mais relevantes são: Gramática resumida, Moderna gramática brasileira, Dicionário gramatical da língua portuguesa, Novo manual de português, Minidicionário Luft, Língua e liberdade e O romance das palavras. Na obra Língua e liberdade, Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, de forma veemente, o ensino da gramática em sala de aula. Nos seis pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla — uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna.

(SCARTON, G.)


7. Reconhecer os diversos gêneros textuais que circulam na sociedade constitui-se uma característica fundamental do leitor competente. A análise das características presentes no fragmento de Um gramático contra a gramática, de Gilberto Scarton, revela que o texto em questão pertence ao seguinte gênero textual:

A) Resumo, visto que, no fragmento, encontram-se informações detalhadas sobre o currículo do autor e sobre o conteúdo da obra original.

B) Relatório, pois o fragmento em questão apresenta informações sobre o autor, bem como descreve com detalhes o conteúdo da obra original.

C) Resenha, porque além de apresentar características estruturais da obra original, o texto traz ainda o posicionamento crítico do autor do fragmento.

D) Texto publicitário, pois o fragmento apresenta dados essenciais para a promoção da obra original, como informações sobre o autor e o conteúdo.

E) Artigo científico, uma vez que o fragmento contém título, nome completo do autor, além de ter sido redigido em uma linguagem clara e objetiva.


ENEM 2014.2

Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: "Alfaiataria Águia de Ouro". No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse:

— Sr. Rui, não é "águia de ouro"; é "aguia de ouro"! O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil.


8. A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva:

A) evidenciar a importância de marcas linguísticas valorizadoras da linguagem coloquial.

B) demonstrar incômodo com a variedade característica de pessoas pouco escolarizadas.

C) estabelecer um jogo de palavras a fim de produzir efeito de humor.

D) criticar a linguagem de pessoas originárias de fora dos centros urbanos.

E) estabelecer uma política de incentivo à escrita correta das palavras.


ENEM 2014.2

Senhora

— Mãe, noosssa! Esse seu cabelo novo ficou lindo! Parece que você é, tipo, mais jovem!

— Jura, minha filha? Obrigada!

— Mas aí você vira de frente e aí a gente vê que, tipo, não é, né?

— Coisa linda da mamãe!

Esse diálogo é real. Claro que achei graça, mas o fato de envelhecer já não é mais segredo para ninguém. 

Um belo dia, a vendedora da loja te pergunta: "A senhora quer pagar como?" Senhora? Como assim?

Eu sempre fui a Marcinha! Agora eu sou a dona Márcia! Sim, o porteiro, o motorista de táxi, o jornaleiro, o garçom, o mundo inteiro resolveu ter um respeito comigo que eu não pedi!

(CABRITA, M. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 11 ago. 2012 - fragmento)


9. A exploração de registros linguísticos é importante estratégia para o estabelecimento do efeito de sentido pretendido em determinados textos. No texto, o recurso a diferentes registros indica:

A) mudança na representação social do locutor.

B) reflexão sobre a identidade profissional da mãe.

C) referência ao tradicionalismo linguístico da autora do texto.

D) elogio às situações vivenciadas pela personagem mãe.

E) compreensão do processo de envelhecimento como algo prazeroso.


ENEM 2014.2

História de assombração

Ah! Eu alembro uma história que aconteceu com meu tii. Era dia de Sexta-Feira da Paixão, diz que eles falava pra meu tii não num vai pescá não. Ele foi assim mesmo, aí chegõ lá, ele tá pescano... tá pescano... e nada de pexe. Aí saiu um mundo véi de cobra em cima dele, aí ele foi embora... Aí até ele memo contava isso e falava É... nunca mais eu vou pescar no dia de Sexta-Feira da Paixão...

(COSTA, S. A. S. Narrativas tradicionais tapuias. Goiãnia: UFG, 2011)


10. Quanto ao gênero do discurso e à finalidade social do texto História de assombração, a organização textual e as escolhas lexicais do locutor indicam que se trata de um(a):

A) criação literária em prosa, que provoca reflexão acerca de problemas cotidianos.

B) texto acadêmico, que valoriza o estudo da linguagem regional e de suas variantes.

C) relato oral, que objetiva a preservação da herança cultural da comunidade.

D) conversa particular, que favorece o compartilhar de informações e experiências pessoais.

E) anedota regional, que evidencia a fala e o vocabulário exclusivo de um grupo social.



Capitães da areia (fragmento)

Jorge Amado

Como o vestido dificultava seus movimentos e como ela queria ser totalmente um dos Capitães da Areia, o trocou por umas calças que deram a Barandão numa casa da cidade alta. As calças tinham ficado enormes para o negrinho, ele então as ofereceu a Dora. Assim mesmo, estavam grandes para ela, teve que as cortar as pernas para que dessem. Amarrou com cordão, seguindo o exemplo de todos, o vestido servia de blusa. Se não fosse a cabeleira loira e os seios nascentes, todos a poderiam tomar como um menino, um dos Capitães da Areia.

No dia em que, vestida como um garoto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou a rir. Chegou a se enrolar no chão de tanto rir. Por fim conseguiu dizer: 

一 Tu tá gozada... 

Ela ficou triste, Pedro Bala parou de rir. 

一 Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer.

O assombro deles não teve limites. 

一 Tu quer dizer...

Ela o olhava calma, esperando que ele concluísse a frase.

一 ... que vai andar com a gente pela rua, batendo coisas...

一 Isso mesmo 一 sua voz estava cheia de resolução. 

一 Tu endoidou...

一 Não sei por quê. 

一 Tu não tá vendo que tu não pode? Que isso não é coisa pra menina. Isso é coisa pra homem. 

一 Como se vocês fosse tudo uns homão. É tudo uns menino. 

Pedro Bala procurou o que responder:

一 Mas a gente veste calça, não é saia. 

一 Eu também 一 e mostrava as calças. 

De momento ele não encontrou nada que dizer. Olhou para ela pensativo, já não tinha vontade de rir. Depois de algum tempo falou:

一 Se a polícia pegar a gente não tem nada. Mas se pegar tu?

一 É igual. 

一 Te metem no Orfanato. Tu nem sabe o que é...

一 Tem nada não. Eu agora vou com vocês.

Ele encolheu os ombros num gesto de quem não tinha nada com aquilo. Havia avisado. Mas ela bem sabia que ele estava preocupado. Por isso ainda disse:

一 Tu vai ver como eu vou ser igual a qualquer um...

一 Tu já viu uma mulher fazer o que um homem faz? Tu não aguenta um empurrão...

一 Posso fazer outra coisa.

Pedro Bala se conformou. No fundo gostava da atitude dela, se bem tivesse medo dos resultados. 

  1. Observe os termos em destaque no primeiro parágrafo do texto. A que classe gramatical elas pertencem? Justifique citando a função que desempenham e destacando elementos do texto. 


  1. No fragmento, há um diálogo entre Pedro Bala e Dora. Há diferença entre a linguagem usada pelo narrador e pelos personagens? Explique com passagens do texto.


  1. Qual é a provável intenção do autor ao evidenciar a diferença linguística entre o narrador e os personagens? 


  1. No fragmento, o diálogo entre as personagens se dá de forma direta ou indireta? Explique.


  1. A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No diálogo presente no fragmento, o emprego das marcas de variação objetiva:

A) mudança na representação social do locutor.

B) reflexão sobre a identidade dos personagens.

C) referência ao tradicionalismo linguístico do autor do texto.

D) elogio às situações vivenciadas pelas personagens.

E) compreensão do momento em que os falantes estão vivendo.


  1. Releia o trecho: “一 Tu não tá vendo que tu não pode?”. Como ele ficaria, se fosse escrito de acordo com a norma padrão da língua?


  1. Segundo o fragmento de texto, o que levou Dora a usar calças?


  1. Releia: “No fundo gostava da atitude dela, se bem tivesse medo dos resultados.”

  1. Quantas orações há nesse período? Justifique com elementos do trecho.

  2. Que relação de sentido a expressão destacada estabelece com a oração anterior? Que palavra ou expressão pode substituí-la sem prejuízo de sentido?


GABARITO

1.     2. D     

3. Os termos construir, aprenderiam, localizar e saberiam são verbos transitivos, pois indicam ações que precisam de um "alvo" (complemento) para que elas sejam executadas. Essas ações transitam de um "alvo" para outro, sem a necessidade de preposição, por isso, são transitivos diretos. Os complementos desses verbos são, respectivamente: "resistentes gaiolas", "usar a geografia", "os grandes tubarões" e "que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência".  (leia mais em: https://adorosaber.blogspot.com/2016/02/predicacao-verbal.html)

4. A

5.  a)"Quando chove brandamente" - sujeito inexistente(pois o verbo é impessoal - indica fenômeno da natureza); Em "depressa nasce o capim” - sujeito simples: o capim (Leia mais em: https://adorosaber.blogspot.com/2014/11/termos-da-oracao.html)


        b) "chover e nascer" são verbos intransitivos, pois não precisam de complemento para que suas ações sejam executadas.     (leia mais em: https://adorosaber.blogspot.com/2016/02/predicacao-verbal.html)

        c) "brandamente e depressa" são advérbios, pois acompanham e modificam os verbos "chover e nascer", acrescentando-lhes uma circunstância de modo. Exercem a função sintática de adjunto adverbial     (Leia mais em: https://adorosaber.blogspot.com/2014/09/adverbio.html)


6. A        7. A         8. C         9. D         10. A        11.C


CAPITÃES DA AREIA

  1. São pronomes oblíquos, pois substituem nomes para evitar repetições desnecessárias. Eles se referem a vestido e calças, citados anteriormente. 

  1. Sim. O narrador usa uma linguagem mais próxima da norma padrão: “Assim mesmo, estavam grandes para ela, teve que as cortar as pernas para que dessem.” Já os personagens usam uma linguagem coloquial, informal, mais distante da norma padrão: “一 Como se vocês fosse tudo uns homão. É tudo uns menino.”


  1. Possivelmente, é para deixar claro a condição social dos personagens.


  1. Se dá de forma direta, pois os personagens emitem suas próprias falas, as quais são introduzidas por travessão. 


  1. A) mudança na representação social do locutor.


  1. “Você não está vendo que não pode?” ou “Tu não estás vendo que não podes?”


  1. A dificuldade de movimentação que o vestido lhe imputava e o desejo de ser totalmente como um dos Capitães da areia.

  2. a) Há duas orações, pois apresenta duas formas verbais: “gostava” e “tivesse”

           b) Relação de oposição, contradição. Pode ser substituída por “embora, apesar de, entretanto…”



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